Autor: Nathaly Bispo
É chegado um tempo em que a busca por renovação na carreira
torna-se inevitável, e uma primeira atitude é identificar a presente situação
profissional. Muitas vezes esperamos crescer dentro de uma companhia, no
entanto, nem sempre estamos no lugar certo.
Segundo Sílvio Celestino, sócio fundador da Alliance Coaching,
palestrante e autor do livro “Conversa de Elevador”, o primeiro sinal que o
profissional deve observar para identificar que está no emprego errado é quando
ele não possui energia para resolver os problemas que fazem parte de sua
rotina. “Por exemplo, um vendedor sentir-se estressado toda vez que precisa
fazer uma proposta comercial. Ou quando a pessoa perde o ânimo e está bem de
saúde. Ou seja, os primeiros sinais são aqueles nos quais há uma forte
identificação de que a pessoa se sente muito melhor fora do que no trabalho”,
explica. Já para Luciana Tegon, sócia-diretora da Consultants Group by Tegon,
outros sintomas comuns em um profissional desmotivado é a impaciência, falta de
cortesia com os colegas, tédio no desempenho das suas atividades, frequentes
momentos de distração, trabalhar ligado no “automático”, queixar-se com muita
frequência de seu trabalho entre outros. “Em resumo, quando acordar para ir ao
trabalho parece um ‘castigo’ e você sonha com os finais de semana. Está em
dúvida ainda? Tente se lembrar de quando foi a última vez que foi elogiado pelo
chefe ou pela equipe por um trabalho excepcional que você fez. Não lembrou? Mau
sinal!”, ressalta Luciana. Para Luciana, uma alternativa para driblar a
frustração antes de conseguir uma nova oportunidade é racionalizar que se a
decisão é de mudar de emprego. Isso pode não acontecer no tempo que se espera e
enquanto isso é necessário esforçar-se para cumprir adequadamente as
responsabilidades. “Lembre-se que as referências que serão dadas de seu
desempenho futuramente são muito importantes e agir corretamente até o último
dia de trabalho é imprescindível para deixar sempre portas abertas por onde
passar. O mundo empresarial é pequeno, algumas áreas são muito fechadas e todos
se conhecem. Uma má atuação, mesmo que no final do contrato, podem deixar
marcas difíceis de apagar e imprimirem no profissional uma imagem negativa que
pode prejudicá-lo em futuros processos seletivos”, enfatiza a sócia-diretora.
Sílvio Celestino afirma que a dúvida gera muito estresse, angústia
e ansiedade. “A causa disso é que o profissional tem dificuldade em se ver fora
de sua área de atuação. A solução está em imaginar qual futuro lhe é inspirador
e fazer as ações para implementá-lo de forma consciente”, conta. O especialista
aponta medidas fundamentais para mudar a situação, sendo que, em primeiro lugar
a pessoa deve pensar em qual seria a nova atividade para a qual se sente
motivada. Para isso deve responder três perguntas: “Quais ambientes gosto de
frequentar?”; “Quais assuntos são mais interessantes para mim na esfera
profissional?”; “Com quais pessoas gostaria de conviver?”. “Em seguida,
verificar se possui alguma reserva financeira e se sua saída do emprego pode impactar
outras pessoas (família principalmente). Se as reservas financeiras são para ao
menos 3 anos e não houver impacto, então a saída que pode ser feita com mais
tempo é pensar em um curso em uma nova área e somente depois mudar. No outro
extremo, alguém sem reservas financeiras ou com a família dependendo de sua
renda, terá de fazer um plano de mais longo prazo para sair”, explica
Celestino.
Como é possível solicitar uma transição de carreira?
Segundo Celestino, tudo dependerá do porte e da cultura empresarial,
se a empresa é de grande porte e sua cultura aceita essas trocas de posições, o
caminho natural é ter uma conversa com o chefe ou com o RH e explicar a
intenção. Já em estruturas menores ou culturas muito rígidas, o profissional
terá de encontrar sua nova carreira em outra organização. “A menos que você
esteja em uma companhia pequena, mas com forte crescimento, nesse caso é
possível que ela aceite sua troca de carreira. Em qualquer dos casos o
profissional terá de mostrar muita capacidade para fazer essa mudança”, conta
Sílvio.
O que o profissional deve avaliar antes de aceitar uma nova
proposta?
Para Luciana, avaliar uma proposta é sempre analisar um risco do
novo emprego não satisfazer as expectativas. Para não errar na escolha, avalie
primeiramente qual foi sua interação inicial com seu gestor direto. Você gostou
dele, sentiu empatia e identificação de objetivos com ele? Caso positivo, siga
avaliando o desafio proposto, se você tem todas as ferramentas para performar
satisfatoriamente, oportunidades de crescimento, pacote de remuneração,
incentivo a estudos e aprimoramento profissional, oportunidade de intercâmbios
para outros países e distância diária a ser percorrida especialmente se
estivermos falando de 30 minutos a mais do que seu atual emprego, pois é sabido
que longas distancias percorridas não estimulam a permanência do profissional
na empresa em médio prazo - a qualidade de vida acaba falando mais alto.
Aumente suas chances de conseguir um novo emprego, anuncie seu
currículo
Fonte: MSN Empregos
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